


Apostolo Paulo escrevendo aos Corintios
A Bíblia é formada por vários textos escritos por apostolos escolhidos por Jesus Cristo para cantar seus feitos aos quatro cantos do mundo. Na minha opinião o mais sensato dos apostolos, o mais lindo poeta da época de Cristo é Paulo. Na primeira epistola de Paulo aos coríntios no capitulo 13, ele escreve sobre o amor, o dom mais divino na visão dele:
1. Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine.
2. Ainda que eu tenha o dom de prefetizar e conheça todos os misterios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tivesse amor eu nada seria.
3. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobrese que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece.
5. Não se conduz inconvenientimente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;.
6. Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão, havendo ciência, passará;
9. Porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
10. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que em parte será aniquilado.
11. Quando eu era menino, falava com menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
12. Porque, agora vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

Luis Vaz de Camões
Luis Vaz de Camões vivia a queixar-se, inúmeras vezes, amargamente, da tirania desses amores impossíveis, chorou as distâncias, as despedidas, a saudade, a falta de reciprocidade, e a impalpabilidade dos nobres frutos que produz. Ele adaptara aquela passagem da bíblia tão rústica e bela ao mesmo tempo, lapidando-a a uma pedra rara, preciosa, bela:
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?"
(Versão de Camões, da epistola de Paulo)

Renato Russo
Esta linda poesia que parece perfeita, não podendo ser melhorada para não ficar num contexto apelativo, foi musicada pelo o maior poeta do rock n' roll brasileiro, Renato Russo. O trovador solitario, o anjo depressivo, ele que juntara numa uma canção o apostolo Paulo, e o poeta português Camões.
'Monte Castelo'
"Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria..."
By: Lúúh Henry Winchester Sato
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